segunda-feira, 21 de novembro de 2011

BIKE FIT = CIÊNCIA!!

           Numa conversa com Claudia Franco (Ciclofemini) sobre um novo artigo surgiu o assunto sobre Bike Fits realizados de qualquer forma, sem uma formação do Fitter e sem a estrutura necessária para se realizar uma boa avaliação e o quanto isso trás de problemas para o ciclista.
     Para explicar melhor esse assunto vamos pensar da seguinte forma: A evolução tecnológica é evidente em todo o mundo.
   Muitos historiadores consideram os desenhos de Leonardo Da Vinci, um sistema de transmissão de correntes, um dos primórdios da bicicleta. Já em meados de 1816 surgiu o primeiro guidão. Em 1855 o francês Ernest Michaux inventou o pedal e só em 1875 nasceu a primeira fábrica de bicicletas. Já hoje em dia temos bicicletas feitas de carbono, com ótimos sistemas de transmissão e muito mais.
     E a medicina? Também evoluiu claro. Alguém aí conhece um tal de Lance Armstrong? O que dizer de tudo o que ele passou? Como seria travar uma batalha contra o câncer há 30 anos e como é o tratamento hoje? Esse cara voltou ao esporte de elite e foi campeão várias e várias vezes.
     Ficaria horas aqui falando de como as coisas melhoraram, mas acho que já deu pra entender um pouco onde quero chegar: um Bike Fit bem feito!!!

     Antes de começar a trabalhar como Fitter e montar o O2 Bike Fit Studio pesquisei muito sobre o assunto. Inicialmente na internet onde é muito fácil encontrar de tudo. Coisas boas e coisas não tão boas assim!!! Também fui até algumas lojas de bicicleta que ofereciam o serviço. Ao visitar certas lojas e sites com dicas para realizar o próprio bike fit, muito se falava de fórmulas prontas e análises estáticas do ciclista. Como um questionador, busquei saber o que eram essas fórmulas e de onde eram tirados todos aqueles números e percebi que não existia uma resposta concreta a respeito.  Até porque cada ciclista tem o seu biotipo, a sua técnica de pedalar a sua flexibilidade. Percebi também que pouco se falava em ciência, artigos científicos a respeito de posicionamento correto.
     Sou fisioterapeuta especialista em Fisioterapia Esportiva e Fitter certificado, e como tal sempre gostei de biomecânica. O Fitter precisa não só saber, gostar ou andar de bicicleta a muito tempo, o fitter precisa saber, e muito, sobre o funcionamento do corpo humano e também da bicicleta, Precisa estudar muita biomecânica, fisiologia e ao mesmo tempo não pode deixar de ter uma sensibilidade aguçada sobre o bom posicionamento, tudo isso, claro, baseado em evidências científicas e não em achismos! 
     No Brasil o curso de certificação é dado pelo Marcelo Rocha o maior especialista em Bike Fit da América Latina. É um curso voltado para profissionais da saúde, com muita base teórica e também não deixando de lado a boa e velha prática.
     Em um bom Bike Fit não basta só olhar para a bicicleta. Temos que olhar também para o ciclista pois esse, quando sobre a bike, se tornam um só, e muitas vezes, olhando só para a bike, esquecemos de que o corpo também nos mostra muita coisa, como diferença no tamanho de membros, vícios de postura, entre outros, que muitas vezes não se consegue melhorar só arrumando a bicicleta. É preciso observar que esse atleta muitas vezes já está com deficiencias instaladas e precisa de profissionais capacitados para melhorar essa deficiência. As vezes uma fraqueza muscular, muito bem trabalhada por um Educador Físico, as vezes uma dor lombar, má postura ou diferença de membros, muito bem trabalhados por um Fisioterapeuta.
      Semana passada mesmo, em um programa que passa em rede nacional, o assunto foi bicicleta e como se posicionar na bike. Qual não foi minha surpresa quando as dicas dadas no programa eram essas tais fórmulas, tamanho de antebraço, banco no nível da crista ilíaca!!! Muita coisa ultrapassada foi passada a todos.
     Um Bike Fit bem feito é muito mais do que uma fórmula, muito mais do que uma foto ou uma medida de ângulo do joelho com o ciclista estático em cima de sua bike ou  deixar o banco na altura da crista ilíaca + 3 dedos (assim mesmo que foi passado no programa, pode????). É ciência. É preciso avaliar minuciosamente o ciclista, tanto fora como em sua bike, em movimento, é claro!
     Por isso. Tome muito cuidado quando for fazer o seu Bike Fit. Procure um profissional habilitado. Não deixe que qualquer um cuide da sua bike e de você. Você não vai querer perder seus dias de treino, a prova que você se preparou por um longo período ou até mesmo aquele passeio de final de semana com os amigos pelas trilhas maravilhosas desse nosso Brasil por estar com uma dor no joelho ou na lombar, um formigamento nas mãos ou uma queimação entre as escápulas, vai?



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terça-feira, 8 de novembro de 2011

O2 Bike Fit em parceria com Ciclofemini

A partir de agora o O2 Bike Fit Studio é parceiro da Ciclofemini!!!

Mensalmente um dos artigos do blog será também exibido no site http://www.ciclofemini.com.br/.

CicloFemini tem como objetivo auxiliar as pessoas a ingressarem no mundo da bicicleta. Realizam cursos para quem não sabe pedalar, para quem quer aprender a pedalar com segurança nas cidades e para quem quer aprender mountain biking.


SÍNDROME DO ESTRESSE MEDIAL TIBIAL E SESAMOIDITES

     Olá a todos. Primeiramente gostaria de agradecer pelos elogios, dicas e sugestões que os leitores do blog têm me mandado. No decorrer dos post vou falar sobre os temas por vocês sugeridos.
     Os assuntos de hoje são pouco comentados no ciclismo mas que considero muito importantes. Falaremos sobre duas patologias não tão comuns, mas muito incapacitantes para o ciclismo quando não diagnosticadas a tempo. Síndrome do Estresse Medial Tibial e Sesamoidites. Dois problemas causados muitas vezes pelo posicionamento incorreto da sapatilha sobre o pedal e técnicas incorretas de pedalada. Hoje vamos nos atentar apenas na lesão. Um outro post será necessário para discutirmos sobre o correto posicionamento do taquinho e técnicas de pedalada.

Síndrome do Estresse Medial Tibial (SEMT)
     É uma lesão que deve ser limitada por uma inflamação musculotendínea, não entrando nessa classificação a fratura por estresse e síndromes compartimentais. A pronação excessiva dos pés e calçados inadequados podem levar ao desencadeamento do quadro (TEMAS DE REUMATOLOGIA CLÍNICA - VOL. 9 - Nº 3 - JUNHO DE 2008).
     A pronação é um movimento normal da mecânica corporal. Quando depositamos peso sobre o pé, o mesmo prona para absorver a carga. Já a hiperpronação se dá quando essa pronação é anormal, muito elevada, ocorrendo um aumento na demanda dos músculos anteriores da perna.
     O sintoma geralmente se da por dor na região medial do terço inferior da perna sendo que essa dor pode aumentar gradualmente durante a atividade ou até mesmo diminuir com a atividade e após sua pausa a dor reaparece.

     Não há um estudo científico sobre esse problema relacionado ao ciclismo porém o que se imagina é que uma técnica de pedalada incorreta (calcanhar abaixo do pedal quando o mesmo se encontra em seu ponto mais inferior da pedalada) pode levar ao aparecimento dessa lesão. Desbalanço de forças entre os músculos anteriores e posteriores também pode ocasionar essa lesão assim como o posicionamento incorreto do taquinho junto a sapatilha e pedal.
     O tratamento é bem simples e realizado com a utilização de gelo,antiinflamatórios, alongamentos e fortalecimento porém uma boa técnica de pedalada e um ótimo posicionamento sobre sua bike ajudam no tratamento da doença.
     A prevenção também é muito importante. Realize sempre exercícios de fortalecimento e alongamento, cuidado com sua planilha de treinos, ela pode estar sobrecarregando seus músculos e articulações e claro, não deixa de fazer o sue Bike fit!!!

Sesamoidites
     Os sesamóides são dois pequenos ossos encontrados logo abaixo da cabeça do primeiro metatarso e atuam como braço de alavanca para os flexores do halux e ajudam a suportar o peso do corpo. A dor é localizada sob o primeiro osso do pé, podendo aumentar gradualmente, podendo ocorrer fratura do mesmo. Vermelhidão e inchaço no local também podem ocorrer. O paciente terá dificuldades no apoio do pé e também para extender e flexionar o hálux.
     Um calçado adequando e até mesmo órteses são muito bem vindos para a prevenção da lesão.
     Para o tratamento é indicado analgésico e antiinflamatórios (receitado pelos médicos), uso de gelo, uso de calçado com sola macia, alongamentos e órteses para diminuir a pressão na região.






Espero ter ajudado quem estava com dúvidas a respeito da lesão acima. Fiquem a vontade para perguntar mais ou para indicar um novo tema pelo e-mail o2studiosaude@gmail.com

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