segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A IMPORTÂNCIA DO CORE NO CICLISMO

     Por um acaso você já teve a oportunidade de assistir a uma corrida como o Tour de France ou a qualquer prova de MTB? Já percebeu o tempo que os competidores ficam em suas posições sobre a bike com o corpo quase todo curvado a frente, com uma grande flexão de quadril e lombar?
     Eu, como fisioterapeuta, quando me deparo com uma situação dessas já enxergo as vértebras fazendo uma pressão enorme nos discos intervertebrais, os músculos da lombar sofrendo, etc. Parece um filme de terror!!!
     Mas oque fazer para melhorar essa situação e ao mesmo tempo proteger nosso corpo e melhorar a eficiência do ciclista em sua bike?

     Você já ouviu falar do Core???
     
     O Core nada mais é doque um conjunto de aproximadamente 30 músculos que se conectam entre as pernas, quadril, coluna e caixa torácica, trabalhando em conjunto para estabilizar o tronco, sendo principais os seguintes músculos: abdominais, paravertebrais, glúteos, diafrágma, assoalho pélvico e toda musculatura do quadril
     Dentre todos esses músculos, nenhum deles corresponde com mais de 30% da estabilização da coluna lombar (Willardson JM, at al, 2007; Cholewicki J, at al, 2002).
     Com o treinamento dos músculos do Core nos três planos de  movimento sabe-se que há a diminuição do risco de lesões, aumento da potência produzida na pedalada e melhora da técnica da pedala. E ao mesmo tempo, a falta de controle desses músculos faz com que a potência produzida pelos membros inferiores diminua, reduzindo então o desempenho do atleta (Taylor L., 2005).
     Quando falamos de prevenção de lesões, de acordo com um estudo de Alencar, T.A.M, 2009, é citado que estudos mostram que a diminuição da estabilidade central pode levar a lesões na coluna lombar e membros inferiores.

     Depois de sabermos da extrema importância de ter o Core trabalhando corretamente, como fazemos para fortalece-lo?
    
     Quando converso com os ciclistas aqui no Studio, muitos vêm com o pensamento errôneo de apenas treinarem as pernas, para que produzam mais força no pedal quando o principal é darmos ênfase aos músculos do Core. Começe com o fortalecimento dos abdominais tranversos, glúteos e posteriores de coxa e não deixe de trabalhar a sua flexibilidade. Depois um bom trabalho de resistencia muscular e trabalho dos estabilizadores da coluna e por fim, trabalhar com exercícios de estabilização estática e dinâmica ajudam você a prevenir lesões e melhorar a sua performance. (Fredericson M, at al, 2005; Reinehr FB,at al, 2008).
     Converse sempre com o seu professor de Educação Física e seu treinador, eles vão saber te orientar corretamente.

Espero ter ajudado quem estava com dúvidas a respeito desse assunto. Fiquem a vontade para perguntar e sugerir um novo tema pelo e-mail o2studiosaude@gmail.com



 
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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

NEUROPATIAS NO CICLISMO

     Lesões traumáticas são relativamente raras no ciclismo sendo que as lesões nervosas são as mais comuns. Em três pontos de contato do ciclista na bicicleta é que encontramos as principais lesões: Guidão( Nervo Ulnar e Medial), Selim (Nervo Pudendo) e pé (Parestesia nos pés).
     Abaixo falaremos mais sobre cada uma dessas lesões:
Lesão do Nervo Ulnar e Medial
     Também conhecido como Síndrome do Canal Cubital, é o problema mais frequente quando comparado a outras lesões nervosas. É uma lesão causada pela compressão do nervo na maioria das vezes na região do Canal de Guyon. Os sintomas consistem inicialmente na dormência e formigamento dos dedos anelar e mínimo e se deixado sem tratar pode causar a longo prazo a diminuição de força nessa região.
   
    As principais causa desse problema são uma bike com ajustes errados tais como selim inclinado para baixo e o alcance muito grande, o que aumenta o peso nas mãos. A prevenção é feita através de um bike fit preciso, não deixando causar hiperextensão, uso de luvas acolchoadas e fitas para guidão.
     Já o Nervo mediano, menos comum, é geralmente lesionado em longos percursos. Os sintomas são de formigamento e dormência nos dedos polegar, indicador e médio.

Lesão do nervo Pudendo
     Esse nervo deriva do Plexo Sacral. É um nervo misto que inerva o períneo e o genital. O trajeto percorrido pelo nervo nos mostra vários pontos vulneráveis a lesões porem a região de maior vulnerabilidade é quando o mesmo emerge por debaixo da sínfese púbica. Com a inclinação do ciclista a frentee e o selim inclinado a compressão nessa região se torna ainda maior.
     Dois fatores são fundamentais para a prevenção dessa lesão: Mudança no estilo de pilatagem e no tempo de atividade bem como modificar o modelo do selim e o seu posicionamento. Ambos visam minimizar a compressão do nervo.
      As mulheres também podem sofrer com essa lesão.





Dormência nos Pés
     Tenho recebido muitos ciclistas com o relato de dormência nos pés, por isso abordarei também esse problema,mesmo sendo geralmente transitório e não causando lesões graves a longo prazo. As causa mais comuns são sapatilhas pequenas ou muito apertadas, pinçamentos lombares e desabamento do arco plantar.





Espero ter ajudado quem estava com dúvidas a respeito das lesões acima. Fiquem a vontade para perguntar mais ou para indicar um novo tema pelo e-mail o2studiosaude@gmail.com

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